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8 de junho de 2014

A Copa do Mundo

Voltando às atividades do Blog...

Vivemos um momento de muitas controvérsias com relação à Copa do Mundo. Uma análise fria do assunto me leva a reconhecer que, de fato, teremos um legado muito menor do que foi prometido, de que se trata de um evento puramente comercial, organizado por uma entidade cuja idoneidade é muito suspeita, enfim, teria uma série de ressalvas a fazer a respeito de tudo isso que vem acontecendo. Entretanto não quero me lembrar deste momento como algo negativo.
À parte destas amarguras está a beleza do futebol. Aquela beleza e emoção que ainda podemos encontrar numa partida, não importando se estamos vendo um jogo da Champions League ou do "amadorão" de alguma cidade do interior. Sempre é uma alegria ver a bola correndo de pé em pé, os dribles, chutes certeiros, defesas e demais lances. Mesmo aqueles momentos em que o juiz erra, causando certa confusão, são garantidores de momentos de emoções incomparáveis. Apesar de ter que confessar que está cada vez mais chato assistir futebol na TV - talvez eu esteja ficando ranzinza também - a Copa do Mundo exerce um fascínio muito grande em mim e, pouco a pouco, venho experimentando o aumento da expectativa por assistir aos jogos, especialmente do Brasil. É inevitável: ficarei sim, em frente à TV torcendo como um maluco, sem muito tempo para lembrar de todos os problemas da administração do futebol atual. É da nossa cultura, dessa identidade criada que eu racionalmente sei que não deveria ter tanta importância, mas da qual não consigo - e nem quero - me desvencilhar. Não há como apagar aquilo que desde a infância tem me proporcionado tantas emoções. 
Sendo assim, fiz uma seleção modesta de alguns dois momentos das Copas passadas que mais me marcaram. 

Brasil 3 X Holanda 2 1994

Talvez o jogo em que eu tenha descoberto o que é torcer em uma copa do mundo. Brasil vencendo fácil a Holanda, que empata em pouco tempo. Falta e chute de Branco, desviada providencial do gênio Romário. Gol. Vitória.


Brasil 0 X Argentina 1


A primeira grande decepção em uma Copa. Tinha 11 anos, vivia toda a empolgação de assistir a um jogo já entendendo alguma coisa. Meu pai havia feito uma festa em casa. Mas hoje em dia sei que o time não era grande coisa. O técnico, medíocre. Lembro bem da sensação ruim, fui pra rua, encontrei uns amigos, a frustração era total. 

Eu também estava presente nas copas de 1982 e 1986 e me lembro de algumas coisas, mas vivemos a chance de reconstruir as memórias daqueles momentos graças aos vídeos disponibilizados na internet. Como não falar do maravilhoso time de 1982? Estão ali, para quem quiser ver, talvez a última vez em que se pode observar um futebol jogado com maestria e - outra beleza do esporte - a injustiça de que o melhor não tenha ganhado. Se fosse sempre a vitória do melhor time, não teria a menor graça torcer. 

Um tributo à seleção de 1982

É um evento especial. Quem quiser passar os próximos dias torcendo o nariz, fique a vontade. Eu vou aproveitar para viver novas emoções com meu esporte predileto. Vou guardar meu espírito crítico para quando estivermos falando de um assunto mais sério. É o que, em inglês, denomina-se "guilty pleasure": hora de vestir a camisa amarela, convidar uns amigos, preparar os petiscos e curtir um futebol. Quem vem comigo? 







Um comentário:

  1. Beraba!!! Grande texto! Compartilho do mesmo prazer que você e concordo com tudo o que disse.

    Parabéns e ninguém nos segura!!!!!

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