Este post é para aproveitar duas coisas: minha preguiça em produzir um texto novo (rsrsrsrs) e o fato de amanhã ser a festa de premiação do Oscar 2007. Por essas duas razões e por estar unificando os blogs decidi reeditar este texto no qual fiz uma pequena reflexão sobre a Academia.
Espero que aproveitem...
MISTÉRIOS DO OSCAR
O Oscar deve ser levado tão a sério?
As vezes me faço esta pergunta, por que damos tanta credibilidade ao prêmio da Academia Norte-Americana de Cinema. Tudo bem que este prêmio envolve 90%, ou mais, dos filmes que passam nos cinemas brasileiros e por isso julga, teoricamente, o que de melhor nós também assistimos. Entretanto, nem sempre a crítica especializada concorda com a premiação ou mesmo com as indicações e em uma série de outras oportunidades nós também não. Este ano, por exemplo, era dada como certa a vitória de O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005), filme de Ang Lee (O Tigre e o Dragão) que conta a história de dois cowboys, caracterizados no melhor estilo Western, que se apaixonam e vivem uma história de amor sem pieguices e sem vulgaridades. Toda a crítica de cinema brasileira dava como certa a premiação do filme de Ang Lee, mas deu Crash – no limite (Crash, 2004), filme de Paul Haggis. A história gira em torno de uma teoria, a de que na cidade de Los Angeles (EUA) as colisões entre automóveis ocorrem por que as pessoas sentem falta de contato físico e de proximidade com as outras, pois na maior parte do tempo o translado pela cidade feito de automóvel impede este contato, por isso as colisões, intencionais ou não, entre veículos aproxima as pessoas. Daí são apresentados uma série de personagens com seus próprios dramas, alegrias, angústias, etc., que em determinado momento da narrativa se chocam de uma maneira ou de outra. A questão racial também está presente no longa-metragem.
A bem da verdade, nenhum dos dois filmes é um esplendor, não trazem nada novo, edificante ou mesmo ficam marcados em nossa memória ou dão base para as mais variadas discussões, da mesa do bar aos seminários acadêmicos. Porém, assisti-los não é perda de tempo, o Segredo de Brokeback Moutain tem uma fotografia muito bonita.
Se Brokeback Mountain e Crash foram os dois melhores filmes produzidos pelos estúdios estadunidenses, imaginem o “naipe” dos outros? Claro que da média de 400 filmes produzidos anualmente nos EUA, contando os independentes e os feitos para a TV, películas muito interessantes e diversificadas foram projetadas e muitas delas nem sabemos da existência, entretanto, a festa do Oscar premia e seleciona, em sua maioria, produções com maior distribuição e circulação nos cinemas norte-americanos, sobretudo, para as principais categorias.
O Oscar deve ser levado tão a sério? Ainda não tenho uma resposta.
Post de 9/4/06 Originalmente publicado no Fronteiras no Tempo do Windows Live Space
FICO POR AQUI
Espero que aproveitem...
MISTÉRIOS DO OSCAR
O Oscar deve ser levado tão a sério?
As vezes me faço esta pergunta, por que damos tanta credibilidade ao prêmio da Academia Norte-Americana de Cinema. Tudo bem que este prêmio envolve 90%, ou mais, dos filmes que passam nos cinemas brasileiros e por isso julga, teoricamente, o que de melhor nós também assistimos. Entretanto, nem sempre a crítica especializada concorda com a premiação ou mesmo com as indicações e em uma série de outras oportunidades nós também não. Este ano, por exemplo, era dada como certa a vitória de O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005), filme de Ang Lee (O Tigre e o Dragão) que conta a história de dois cowboys, caracterizados no melhor estilo Western, que se apaixonam e vivem uma história de amor sem pieguices e sem vulgaridades. Toda a crítica de cinema brasileira dava como certa a premiação do filme de Ang Lee, mas deu Crash – no limite (Crash, 2004), filme de Paul Haggis. A história gira em torno de uma teoria, a de que na cidade de Los Angeles (EUA) as colisões entre automóveis ocorrem por que as pessoas sentem falta de contato físico e de proximidade com as outras, pois na maior parte do tempo o translado pela cidade feito de automóvel impede este contato, por isso as colisões, intencionais ou não, entre veículos aproxima as pessoas. Daí são apresentados uma série de personagens com seus próprios dramas, alegrias, angústias, etc., que em determinado momento da narrativa se chocam de uma maneira ou de outra. A questão racial também está presente no longa-metragem.
A bem da verdade, nenhum dos dois filmes é um esplendor, não trazem nada novo, edificante ou mesmo ficam marcados em nossa memória ou dão base para as mais variadas discussões, da mesa do bar aos seminários acadêmicos. Porém, assisti-los não é perda de tempo, o Segredo de Brokeback Moutain tem uma fotografia muito bonita.
Se Brokeback Mountain e Crash foram os dois melhores filmes produzidos pelos estúdios estadunidenses, imaginem o “naipe” dos outros? Claro que da média de 400 filmes produzidos anualmente nos EUA, contando os independentes e os feitos para a TV, películas muito interessantes e diversificadas foram projetadas e muitas delas nem sabemos da existência, entretanto, a festa do Oscar premia e seleciona, em sua maioria, produções com maior distribuição e circulação nos cinemas norte-americanos, sobretudo, para as principais categorias.
O Oscar deve ser levado tão a sério? Ainda não tenho uma resposta.
Post de 9/4/06 Originalmente publicado no Fronteiras no Tempo do Windows Live Space
FICO POR AQUI
Pior do que "O segredo de Brokeback Mountain" não ter levado o careca, foi o fato de dois conhecidos meus terem ido assistir ao filme "juntos" achando que era um puta western...
ResponderExcluirPior ainda é o Nobel vc não acha?
Esse ano ganhou um economista cuja teoria já é desacreditada há muito tempo!
Vai saber né...