Páginas

15 de junho de 2007

SOBREHUMANO - 3º EPISÓDIO (2ª PARTE)


Episódio 3 – Posso ver o passado?
2ª Parte
Skyline City continuava na penumbra, o apagão durava mais de uma hora. Nos bairros distantes do centro murmúrios e pequenos distúrbios começavam a ganhar corpo. O clima estava tenso.

Na parte sul da baía da cidade, na Zona Portuária, em uma praia da cidade pouco freqüentada a lua iluminava discretamente um casal jovem de pouco mais de vinte anos que estavam sendo levado pelos impulsos hormonais. O leve som das ondas quebrando na orla criava um ambiente interessante, a areia grossa penetrava entre os dedos dos pés, a aspereza do muro alto que separa a avenida da praia contra as costas da moça já nem era mais percebida.

O rapaz já estava com as calças no meio dos joelhos, as coxas da mulher mexiam e o roçavam de maneira frenética, a pele dela era macia, coberta por pequenos e delicados pêlos descolorados ao sol, os dois estavam prontos para o ápice daquele amasso.

Ela, voluptuosa, estava ofegante, erguia ainda mais sua saia e desamarrava lentamente a calcinha nas laterais enquanto tinha seus seios quase devorados. Tudo estava pronto, era hora.

A poucos metros dali um homem obeso observava com um binóculo de visão noturna – e muito excitado – o casal, um espelho estava no chão para que ele pudesse enxergar seu pênis para se tocar, a poucos minutos atrás ele se levantou por que a luz havia acabado e não poderia mais usar o computador.

Na praia, a moça tirava do bolso da camiseta do amante a camisinha e com grande habilidade abriu a embalagem e já estava pronta para colocar quando a terra começou a tremer. Um abalo sísmico de pequenas proporções, mas suficiente para assustá-los. Acompanhando o tremor um ponto luminoso surgiu no meio da praia e rapidamente ganhou mais intensidade chegando a um brilho intenso, descomunal, iluminando toda a praia e alguns navios atracados a poucos quilômetros dali. O casal ficou muito assustado e Pyscho Crush que os observava pelo binóculo levava as mãos aos olhos e usou todos os palavrões que conhecia para expressar a dor.

Com a mesma rapidez e intensidade que surgiram o brilho e o tremor desapareceram. No epicentro do clarão estava um homem, caido com o rosto contra a areia, desacordado e completamente nu.

Fim da 2ª Parte
Continua...

Um comentário:

  1. Mestre! Desconhecia as habilidades descritivas. Gostei bastante, sinceramente. Quanto mistério! Intrigante...
    Seria aquela luz uma metáfora para o orgasmo dos amantes? E o corpo nu o que restou de um esforço máximo de um ímpeto masculino animal? (brincadeira...)
    Abraço do novo frequentador do blog,
    Manuel

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails