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11 de outubro de 2010

VISÕES DO CEGUINHO: SOBRE RÁDIO E INTERNET




A internet possibilita uma série de coisas interessantes.

Ouvi ontem o programa #37 do Radiofobia (podcast gerenciado pelo Leo “abraço na boca” Lopes) que falava da paixão pelo rádio. Com muito bom humor e com convidados divertidos e inteligentes as discussões propostas foram de bom nível e me fizeram lembrar uma série de coisas que fiz e faço.

Uma delas é ouvir rádio. Essa velha e boa mídia. Tenho um radinho de pilha que ganhei no meu aniversário de 15 anos (não foi de debutante não) e que funciona até hoje. Isso faz quase 14 anos.

Na adolescência ouvia horas e horas da programação de rádios como a Litoral FM, Jovem Pan, Transamérica, 89 Fm, Tribuna FM, etc.

Quando mudei para o interior deixei de ouvir rádio, pois o mono-estilo (sertanejo) não me deixou escolhas a não ser abandonar essa paixão. Porém, hoje escuto diariamente a Band FM para me manter informado, especialmente o Pulo do Gato as 6 da matina (horário nobre do rádio) enquanto vou ao trabalho e na mesma emissora o Na Geral, as 18 horas.

Cheguei a ser co-apresentador do extinto Todas as Tribos, programa semanal de entrevistas e variedades voltado ao público jovem em Praia Grande-SP, na comunitária Verde Mar FM.

Fazer rádio é uma experiência única. Quando você está com o microfone aberto e o telefone toca e um ouvinte participa ao vivo debatendo o que você estava dizendo, a sensação é quase como a de um orgasmo!

O futuro dessa mídia, como disseram os participantes do RadioFobia é, possivelmente, o da convergência com a internet. Hoje, o comum é encontrar versões online das rádios ao vivo, mas muitas já estão produzindo conteúdo online e utilizam o twitter como um dos principais meios de interação com o ouvinte.

O bom da internet é que rádios minúsculas do interior podem romper as barreiras geográficas e ter suas “ondas” propagadas para qualquer lugar do mundo.

Esse é o caso da APAR FM, rádio comunitária fisicamente situada no Sul de Minas Gerais, na modesta São Sebastião do Paraíso. A programação da rádio é voltada majoritariamente para um público adulto, saudosista e apreciadores de músicas [abre aspas] antigas [fecha aspas]. Claro que hits de lady Gaga tocam na programação. Além disso, novos artistas como Roberta Sá ou trabalhos inovadores como 3namassa também tem espaço garantido.

Aos sábados tem o programa Debates Populares, que disponibilizado na internet torna-se quase um podcast. Não sei se agradaria um público mais jovem, mas provavelmente tem boas coisas que podem ser extraídas de lá.

O gerente dessa rádio é o Mauro Pimenta (@MpCeguim), que no site é responsável pela coluna intitulada Coquetel Maurotoff. Interessante a ser observado aqui é que o Mauro está atento a todas as notícias que circulam nos jornais, sites e em outras emissoras de rádio. Sempre dá seus pitacos.

Entretanto, a alcunha MpCeguim de seu twitter é uma referência a sua condição física, mas que não o limita a pensar, refletir e de fato enxergar com precisão e acidez tudo o que ocorre a sua volta.

A rádio é uma mídia que não tem como dizer que irá acabar tão cedo.

Links:

FICO POR AQUI – “QUERO SER UM TEXUGO”

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